Ecologia Urbana

O Caminho para uma Sociedade Sustentável

Os impactos provocados pela crise financeira internacional já se fazem sentir no comércio de compra e venda e no ramo de aluguéis de imóveis em São Paulo. As vendas e a procura por imóveis disponíveis para aluguel vinham em uma espiral crescente e positiva que aqueceu o mercado construtor e de locação por um período muito longo nos últimos anos.

Contudo, com o estouro da bolha imobiliária americana e com a explosão da crise monetária internacional com a quebra de confiança nos bancos provocando a banca rota de milhares de grandes e pequenas empresas ao redor do mundo, o mercado de imóveis em São Paulo e em todo o mundo foi drasticamente atingido e as demissões nas construtoras e incorporadoras já começaram e estão em um passo muito mais acelerado do que seria o normal para essa época do ano (que é tradicionalmente fraca para os negócios desta área).

Uma pesquisa realizada entre os corretores de imóveis em São Paulo mostrou claramente que esse impacto chegou para ficar e veio com força total. A venda de casas e apartamentos já caiu mais de vinte e um por cento só no mês passado e a quantidade de imóveis destinados ao aluguel tive uma queda de mais de onze por cento em relação ao mês anterior.

Apesar dos bancos continuarem a manter o mesmo nível de oferta de financiamento disponível nos meses anteriores, o grande problema não é a falta de dinheiro disponível; é a falta de confiança do consumidor em seu próprio futuro e na manutenção de seu emprego. Como os financiamentos imobiliários são normalmente de muito longo prazo e as parcelas costumam representar uma parte significativa dos rendimentos do consumidor; estes últimos começaram a rever suas metas de compra de imóveis em São Paulo e em qualquer outra cidade do país. Com isso, os índices responsáveis pela medição do desempenho desse setor despencaram quase que instantaneamente assim que os primeiros efeitos funestos da crise chagaram por aqui.

Na realidade, não há uma receita mágica que seja capaz de restaurar a confiança do comprador e a possibilidade de um retorno rápido aos mesmos níveis de vendas anteriormente experimentados tanto em São Paulo quanto em qualquer outra parte. A única maneira de reverter-se esse quadro de abandono e de ostracismo que os imóveis em São Paulo vêm experimentando por parte dos potenciais compradores é a recuperação do aquecimento econômico que experimentávamos até bem pouco tempo. Se não no mesmo ímpeto; pelo menos o necessário para provocar nas pessoas a sensação de que manterão os seus empregos por um tempo razoável e que lhes permita bancar a compra com uma relativa segurança.

Nosso país está suportando o baque provocado pela crise com um certo louvou inesperado. É preciso que o governo e toda a sociedade civil se unam para provocar uma rápida recuperação de nossa atividade econômica e proporcionar o impulso necessário para realavancar às vendas de imóveis em São Paulo e por toda parte desse nosso glorioso país.